Em 1571, Dom João, príncipe austríaco,
comandou os cristãos nessa batalha de Lepanto. São Pio V enviou para o
Imperador uma bandeira, na qual estava bordada a imagem de Jesus
crucificado. A preparação dos soldados consistiu em um tríduo de
jejuns, orações e procissões, suplicando a Deus a graça da vitória,
pois o inimigo não era apenas uma ameaça para a Igreja mas também para a
civilização.
Tendo recebido a Santa Eucaristia,
partiram para a batalha. No dia 7 de outubro de 1571, invocando o nome
de Maria, Auxílio dos Cristãos, travaram dura batalha nas águas de
Lepanto. Três horas de combate foram necessárias… A vitória coube aos
cristãos, que ao grito de “Viva Maria”, hastearam a bandeira de Cristo.
Mais tarde, por causa da libertação de
Viena situada pelos turcos, no ano de 1863, o rei da Polônia João III
Sobieski, que chegou com as tropas polonesas em auxílio para a cidade
sitiada, confessou humildemente ao Papa: “VENI, VIDI DEUS DEDIT
VICTORIAM”, (Cheguei, vi, Deus deu vitória). Recordando a todos e
atribuindo a Virgem Maria tamanha graça.
No início do século XIX, o Papa Pio VII,
estabeleceu a Festa de Maria Auxiliadora no dia 24 de maio, como
gratidão por ter sido libertado da injusta opressão em que se achava,
ou seja, prisioneiro de Napoleão na França.
Esta festa se comemora hoje em muitas
igrejas particulares e Institutos religiosos, principalmente na
Sociedade de São Francisco de Sales, fundada por São João Bosco.
Dom Bosco difundia a devoção a Maria
Auxiliadora, em uma perspectiva eclesial e missionária. Realmente, a
Igreja sempre experimentou auxílio eficacíssimo da Mãe de Deus nas
perseguições excitadas pelos inimigos da fé cristã.
No ano de 1862, as aparições de Maria
Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade
popular italiana. Nesse mesmo ano, Dom Bosco iniciou a construção, em
Turim, de uma grande Basílica, que foi dedicada a Nossa Senhora,
Auxílio dos Cristãos. Até então não se percebe em Dom Bosco uma atenção
especial por esse título. “Nossa Senhora deseja que a
veneremos com o título de AUXILIADORA: vivemos em tempos difíceis e
necessitamos que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a
fé cristã”, disse Dom Bosco ao clérigo Cagliero.
A partir dessa data, Dom Bosco, que
desde pequeno aprendeu com Mamãe Margarida, sua mãe, a ter grande
confiança em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o
título AUXILIADORA DOS CRISTÃOS. Para perpetuar o seu amor e a sua
gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e
para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”,
quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele
fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um
monumento vivo dessa sua gratidão.
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora
foi crescendo cada vez mais e mais. O Papa Pio IX fundou no Santuário
de Turim (Itália) dia 5 de abril de 1870, uma Arquiconfraria,
enriquecendo-a de muitas indulgências e de favores espirituais.
No dia 17 de maio de 1903, por decreto
do Papa Leão XIII, foi solenemente coroada a imagem de Maria
Auxiliadora, que se venera no Santuário de Turim.
Dom Bosco ensinou aos membros da família
Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de
AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de
Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o
amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida
também como a “Virgem de Dom Bosco”.
Dos escritos de São João Bosco, retiramos algumas passagens para ilustrar o seu amor por Maria Santíssima:
“Recomendai constantemente a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora e a Jesus Sacramentado”.
“A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.
“Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz”.
“Devoção e recurso freqüente
a Maria Santíssima. Jamais se ouviu dizer no mundo que alguém tenha
recorrido com confiança a essa mãe celeste sem que não tenha sido
prontamente atendido”.
“Diante de Deus declaro:
basta que um jovem entre numa casa salesiana para que a Virgem
Santíssima o tome imediatamente debaixo de sua especial proteção”.
Dom Bosco confiou à Família Salesiana a
propagação dessa devoção, que é, ao mesmo tempo, devoção à Mãe de Deus,
à Igreja e ao Papa.
Concluímos com essas palavras do Papa João Paulo II:
“A devoção a Maria é fonte de vida
cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos.
Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus
exemplos. Como ouvimos no Evangelho, Ela nos orienta para Jesus: ‘Fazei
o que Ele vos disser’ (Jo 2, 5). E, como outrora em Caná da Galiléia,
encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dEle as graças
desejadas. Rezemos com Maria e por Maria. Ela é sempre a ‘Mãe de Deus e
nossa’”.
Fonte: Blogs Canção Nova
Boa postagem, valeu.
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