Ano C -
Lucas 7,36-50
...
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tanto amor Deus nos mostrou, que seu Filho entregou, como vítima expiatória pelas nossas transgressões (1Jo 4,10).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 36 Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa.
37 Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume;
38 e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.
39 Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”.
40 Então Jesus lhe disse: “Simão, tenho uma coisa a dizer-te”. “Fala, Mestre”, disse ele.
41 “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta.
42 Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?”
43 Simão respondeu: “A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou”. Jesus replicou-lhe: “Julgaste bem”.
44 E voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
45 Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés.
47 Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama”.
48 E disse a ela: “Perdoados te são os pecados”.
49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: “Quem é este homem que até perdoa pecados?”
50 Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: “Tua fé te salvou; vai em paz”.
Palavra da Salvação.
<><><><><><><>
Tanto amor Deus nos mostrou, que seu Filho entregou, como vítima expiatória pelas nossas transgressões (1Jo 4,10).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 36 Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa.
37 Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume;
38 e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.
39 Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”.
40 Então Jesus lhe disse: “Simão, tenho uma coisa a dizer-te”. “Fala, Mestre”, disse ele.
41 “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta.
42 Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?”
43 Simão respondeu: “A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou”. Jesus replicou-lhe: “Julgaste bem”.
44 E voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
45 Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés.
47 Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama”.
48 E disse a ela: “Perdoados te são os pecados”.
49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: “Quem é este homem que até perdoa pecados?”
50 Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: “Tua fé te salvou; vai em paz”.
Palavra da Salvação.
<><><><><><><>
Comentário do Evangelho é de home › serviço bíblico
No evangelho, uma mulher se atreve a estragar uma sobremesa cuidadosamente preparada. A arrogante intrometida, não somente quebra as leis da boa educação, mas além disso, comete uma infração de tipo religioso: um ser impuro não deve manchar a casa de um homem socialmente puro (um fariseu).
Por um momento Cristo perde sua dignidade de profeta aos olhos de seu anfitrião: “Se este fosse profeta, saberia quem é esta mulher que o está tocando e o que é: uma pecadora”. Diante da situação apresentada, Jesus utiliza o recurso dos sábios: o método socrático de induzir à conclusão correta a partir dos argumentos corretos. Em vez de corrigir o anfitrião, convida-o a sair de sua ignorância e a reconhecer que o verdadeiro pecador é ele; o fariseu que acredita ser puro.
A mulher não enganou ninguém: ela repetiu os gestos de sua profissão; a mesma atitude sensual que teve com todos os amantes. Porém, nessa tarde seus gestos não têm o mesmo sentido. Agora expressam seu respeito e a mudança de seu coração. O perfume, ela o comprou com suas próprias economias, o preço de seu “pecado”. E sem duvidar, rompe o frasco (cf. Mc 14,3), para que não seja recuperado nenhuma gota do preciso perfume. Uma vez mais, um gesto fino e elegante.
Surgem aqui duas dimensões da salvação. Por uma parte, aparece a liberdade, própria do amor. Nessa ceia o fariseu tinho tudo previso e preparado. Porém, basta que uma mulher, impelida por seu coração, entre sem ter sido convidada e a sobremesa munda totalmente. Por outra parte, o episódio revela a libertação oferecida por Jesus.
O Messias proclama, com seus atos e palavras, que o homem já não está condeado à escravidão da lei e de uma religião alienante. O cristão é um ser libertado sobre a base dessa fé, feito amor prático pregado por Jesus: “tua fé te salvou”. Na antiguidade as prostitutas eram consideradas escravas; socialmente não existiam.
Contudo, esta tarde uma prostituta escuta as palavras de absolvição e de canonização, pois fez o gesto sacramental e expressa sua decisão de mudar de vida. Assim se coloca à cabeça do evangelho. Que outra coisa podem significar as palavras de Cristo: “teus pecados estão perdoados? É a mesma coisa que dizer: “Maria, és uma santa”.
Oração:Ó misterio infinito, em quem cremos presente no processo da vida e na historia do cosmos… Faze que sejamos capazes de compreender que a força que tudo sustenta é o Amor e nós mesmos somente alcançamos a felicidade no amor. Nós te pedimos, apoiados no exemplo de Jesus, unidos a todos os homens e mulheres que te buscam por muitos caminhos. Amém.
No evangelho, uma mulher se atreve a estragar uma sobremesa cuidadosamente preparada. A arrogante intrometida, não somente quebra as leis da boa educação, mas além disso, comete uma infração de tipo religioso: um ser impuro não deve manchar a casa de um homem socialmente puro (um fariseu).
Por um momento Cristo perde sua dignidade de profeta aos olhos de seu anfitrião: “Se este fosse profeta, saberia quem é esta mulher que o está tocando e o que é: uma pecadora”. Diante da situação apresentada, Jesus utiliza o recurso dos sábios: o método socrático de induzir à conclusão correta a partir dos argumentos corretos. Em vez de corrigir o anfitrião, convida-o a sair de sua ignorância e a reconhecer que o verdadeiro pecador é ele; o fariseu que acredita ser puro.
A mulher não enganou ninguém: ela repetiu os gestos de sua profissão; a mesma atitude sensual que teve com todos os amantes. Porém, nessa tarde seus gestos não têm o mesmo sentido. Agora expressam seu respeito e a mudança de seu coração. O perfume, ela o comprou com suas próprias economias, o preço de seu “pecado”. E sem duvidar, rompe o frasco (cf. Mc 14,3), para que não seja recuperado nenhuma gota do preciso perfume. Uma vez mais, um gesto fino e elegante.
Surgem aqui duas dimensões da salvação. Por uma parte, aparece a liberdade, própria do amor. Nessa ceia o fariseu tinho tudo previso e preparado. Porém, basta que uma mulher, impelida por seu coração, entre sem ter sido convidada e a sobremesa munda totalmente. Por outra parte, o episódio revela a libertação oferecida por Jesus.
O Messias proclama, com seus atos e palavras, que o homem já não está condeado à escravidão da lei e de uma religião alienante. O cristão é um ser libertado sobre a base dessa fé, feito amor prático pregado por Jesus: “tua fé te salvou”. Na antiguidade as prostitutas eram consideradas escravas; socialmente não existiam.
Contudo, esta tarde uma prostituta escuta as palavras de absolvição e de canonização, pois fez o gesto sacramental e expressa sua decisão de mudar de vida. Assim se coloca à cabeça do evangelho. Que outra coisa podem significar as palavras de Cristo: “teus pecados estão perdoados? É a mesma coisa que dizer: “Maria, és uma santa”.
Oração:Ó misterio infinito, em quem cremos presente no processo da vida e na historia do cosmos… Faze que sejamos capazes de compreender que a força que tudo sustenta é o Amor e nós mesmos somente alcançamos a felicidade no amor. Nós te pedimos, apoiados no exemplo de Jesus, unidos a todos os homens e mulheres que te buscam por muitos caminhos. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário